Uma pessoa com demência pode apresentar vários sintomas, dependendo do tipo e da gravidade da mesma. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Perda de memória: A pessoa pode esquecer coisas recentes ou ter dificuldade em lembrar eventos importantes do passado.
  • Dificuldade de comunicação: A pessoa pode ter dificuldade em encontrar as palavras certas para se expressar ou pode ter problemas para entender o que os outros dizem.
  • Mudanças de humor e comportamento: A pessoa pode ficar facilmente irritada ou confusa e pode agir de forma diferente do que costumava.
  • Perda de habilidades cognitivas: A pessoa pode ter dificuldade em realizar tarefas que costumava fazer facilmente, como cozinhar, vestir-se ou cuidar de si mesma.
  • Desorientação espacial e temporal: A pessoa pode perder a noção de tempo e lugar, ficando desorientada em ambientes familiares ou desconhecidos.
  • Problemas de raciocínio e julgamento: A pessoa pode ter dificuldade em tomar decisões simples e pode ter um julgamento comprometido.
  • Dificuldades motoras: A pessoa pode ter problemas com a coordenação motora e pode ter dificuldade em andar ou realizar atividades físicas.

Esses sintomas podem se desenvolver lentamente ao longo do tempo e piorar com o tempo. É importante que a pessoa com demência receba um diagnóstico precoce e apoio adequado de cuidadores e profissionais de saúde.

 

O QUE É A DEMÊNCIA?

A demência é um termo geral usado para descrever um conjunto de sintomas que afetam a função cognitiva, como a memória, o raciocínio, a linguagem e as habilidades sociais. É uma condição que se desenvolve quando as células cerebrais são danificadas ou morrem, interferindo na comunicação entre elas e afetando o funcionamento do cérebro.

Existem vários tipos de demência, incluindo a doença de Alzheimer, a demência vascular, a demência com corpos de Lewy e a demência frontotemporal, entre outras. Cada tipo de demência apresenta diferentes sintomas e padrões de progressão.

A demência não deve ser considerada uma doença, mas sim “uma síndrome decorrente de uma doença cerebral, usualmente de natureza crónica ou progressiva, na qual há perturbação de múltiplas funções corticais superiores, incluindo memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, capacidade de aprendizagem, linguagem e julgamento” (Organização Mundial de Saúde, 1993: 45). Esta deterioração mental provoca prejuízo nas capacidades do indivíduo no desempenho das suas atividades da vida diária, profissionais, familiares e sociais. 

A evolução pode ser relativamente previsível, mas há diferenças no modo como cada pessoa perde algumas capacidades e mantém outras. Os sintomas iniciais podem variar, mas a perda de memória a curto prazo é o principal indício, devendo ser bem observado. As alterações da memória são muito sensíveis, começando na memória de curto prazo e atingindo as memórias mais antigas, levando finalmente a pessoa a não se reconhecer sequer a si própria. Não há cura para a demência, pelo que qualquer medida – de prevenção ou de tratamento – que atrase o início ou a sua evolução, adquire uma enorme relevância.

O que fazemos?
Temos como objetivos prevenir, retardar e estabilizar estados demenciais, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida aos utentes portadores de demência, e uma diminuição da sobrecarga económica e de absentismo profissional dos seus familiares/cuidadores. Apresenta-se como uma iniciativa pioneira, de inovação social, que, mantendo um fio condutor de evolução, utiliza uma multiplicidade de estímulos, e congrega uma variedade de atividades físicas e mentais que, respeitando as características individuais, a determinado momento, são desenvolvidas em espaços interiores/exteriores apropriados.

Quais as estratégias utilizadas?

  • Acompanhamento, monitorização e avaliação permanente por uma equipa de saúde multi-disciplinar;
  • Terapias alternativas e naturais como a Naturopatia, Cromoterapia, Reiki, Aromaterapia, Barras de Acess, entre outras.
  • Ginásio psicofísico para reabilitação do corpo e mente;
  • Quartos neurossensoriais com mobiliário adaptado e estímulos de diversos ambientes;
  • Arte neurossensorial em paredes e portas;
  • Espaços ao ar livre que promovem um maior contacto com a natureza.
  • Estimulação das funções cognitivas, da memória, da criatividade e das Atividades de Vida Diária;
  • Aumento da autonomia, da capacidade de locomoção e da assertividade comunicacional;
  • Promoção da orientação espacial e do equilíbrio;
  • Redução do consumo de fármacos e das deslocações ao hospital;
  • Diminuição de estados depressivos, de sintomatologia ansiosa, agressividade e agitação, assim como dos períodos de desorientação e de confusão;
  • Anulação do isolamento social;
  • Decréscimo de problemas sociais e económicos do familiares/cuidadores e Serviço Nacional de Saúde.
COMO FALAR COM UMA PESSOA COM DEMÊNCIA
 
Conversar com alguém com demência pode ser desafiador, mas apresentamos algumas dicas que o podem ajudar:
 
Use linguagem simples: fale devagar e com clareza, usando frases curtas e simples. Evite palavras ou conceitos complexos.
Faça contato visual: Chame a atenção da pessoa e mantenha contato visual durante a conversa. Isso pode ajudar a mantê-los focado.
 
Seja paciente: dê à pessoa tempo para responder às suas perguntas ou comentários. Não se apresse nem os interrompa.
 
Use comunicação não-verbal: use gestos, expressões faciais e tom de voz para transmitir a sua mensagem. As pessoas com demência podem ter dificuldade em entender as palavras, mas muitas vezes conseguem entender sinais não-verbais.
 
Evite corrigir ou criticar: As pessoas com demência podem ficar confusas ou agitadas se forem corrigidas ou criticadas. Em vez disso, tente redirecionar a conversa ou tranquilizá-la.
 
Use a terapia de reminiscência: A terapia de reminiscência envolve falar sobre experiências ou memórias passadas. Essa pode ser uma maneira útil de envolver alguém com demência e ajudá-lo a se sentir conectado.
 
Mantenha-se positivo: mantenha uma atitude positiva e de apoio durante toda a conversa. As pessoas com demência podem captar emoções negativas, o que pode ser perturbador para elas.
 
No geral, é importante abordar as conversas com pessoas com demência com paciência, empatia e respeito. Lembre-se de que eles podem ter dificuldade em se comunicar, mas ainda têm pensamentos, sentimentos e emoções que devem ser reconhecidos e respeitados.